terça-feira, 28 de outubro de 2014

5 indícios de que você não se preocupa com o Brasil.


Se você se sentiu bastante envolvido nessas últimas eleições, está preocupado com o futuro da nação e quer ajudar a resolver nossos problemas, então isto é para você. Cinco indícios de que você está cuidando do Brasil de maneira errada:



1) Você se preocupa com o Brasil apenas durante a campanha eleitoral


Esta é a verdade da maioria. Cidadão por alguns dias. Uma preocupação de quem será eleito (apenas para cargos executivos como será falado), um engajamento forte somente durante a campanha eleitoral. Cantamos o hino nacional, vamos à passeatas e até nos emocionamos. Sem qualquer tipo de acompanhamento depois, a não ser aqueles dados que aparecem na timeline e você compartilha sem ao menos se dar o trabalho de verificar a fonte (também será falado), deixamos tudo de lado. A chama se apaga, o carnaval se aproxima. Se você é desses, sinto lhe dizer, você é modinha, se interessa apenas porque é o assunto do momento, quer participar, quer estar por dentro, mostrar o seu valor. Tudo bem, isso é um direito seu, mas a verdade é que você está cagando para o Brasil. E normalmente você mais atrapalha do que ajuda.


   2) Você confunde política com futebol e acaba depositando muita EMOÇÃO em um campo onde se precisa de RAZÃO


Como já falei AQUI, se você odeia um partido com todas as suas forças ou ama algum partido como seu time do coração, provavelmente você já está com uma visão deturpada da realidade. Tire essa trave do seu olho. Estude. Entenda que o país não vem bem desde que foi descoberto. Compreenda suas razões históricas e culturais. Veja que a dívida é bem antiga, a corrupção nem se fala, entre outros problemas. Nosso maior inimigo é a nossa própria falta de conhecimento e de ação. Substituímos a ação pela reclamação. Vou lhe propor o seguinte: a cada dez vezes que você reclamar, aja uma. Isso mesmo, UMA atitude. É fácil demais, proporção de 10 pra 1. Exemplo, a cada dez vezes que você reclamar dos atrasos de seu ônibus, faça uma ligação, mande um email, vá a associação do seu bairro e etc. Você não anda de ônibus? Ótimo! Mas o exercício serve para você também. Isso se chama CIDADANIA.



   3)  Como se não bastasse depositar grandes quantidades de carga emocional, você as deposita apenas na figura do Presidente.


O Presidente da Repúbica não é Rei, Imperador, Czar ou que quer que seja. Ele não governa sozinho. Ele não é responsável pelo buraco na sua rua. Ele não é o culpado por todos os problemas do país. O Brasil é dirigido por TRÊS PODERES, além de ser dividido em estados e municípios Se você está decepcionado, triste, chateado ou quer se mudar para o exterior apenas por causa do resultado do segundo turno, eu vou lhe dizer uma coisa: elegemos parlamentares muito menos dispostos a mudança que os anteriores. Inclusive eles já estão fazendo uma movimentação para aumentar o próprio salário. Então pare com essa bobagem de ficar de luto e preste atenção às coisas ao seu redor. Para participar do mensalão (tucano ou petista), o deputado precisa ser eleito primeiro, não fuja dessa culpa. Quando eu coloco toda a responsabilidade nas costas de alguém, minha consciência fica tranquila para ficar parado. "Eu não estou nesse jogo sujo". Você está sim! Nós não sabemos o nome dos parlamentares que escolhemos, não sabemos o seu histórico, não sabemos os seus projetos (quando têm algum), ou seja, somos cúmplices. E agora vamos fazer farra no Facebook querendo nos separar do nordeste? Preste atenção nas atribuições dos prefeitos, governadores, vereadores, deputados, senadores e, principalmente, preste atenção nas SUAS atribuições como cidadão.


   4) Você compartilha notícias sem verificar a veracidade das informações.

Nossa internet é uma ferramenta democrática sensacional. Pela primeira vez estamos conseguindo combater a dependência das grandes mídias, isso é uma revolução. Porém algumas pessoas de má fé se aproveitam dessa liberdade e sorrateiramente começam a manipular pequenas massas, que podem se tornar grandes massas. Tome muito cuidado com tirinhas, desenhozinhos, páginas de humor, páginas que divulgam informações através de imagens e afins. Eles colocam, na grande maioria das vezes, dados exagerados, frases fora de contexto, meias verdades, trocam e inventam autores. Usam um marketing sensacionalista para te chocar, capturar alguma emoção e forçar o seu compartilhamento. Isso é assustadoramente destrutivo e está funcionando muito bem, em poucas horas centenas de milhares de compartilhamentos e aquela informação falsa se torna uma verdade. Isso vem causando imensos estragos. TRINTA SEGUNDOS de google antes de compartilhar resolvem esse problema. Tão simples, mas ninguém faz.



    5) Você pratica pequenas corrupções no dia a dia.

Cara, este é o maior indício que você está CAGANDO para o seu país. Se você tenta sempre tirar proveito das situações, você está ajudando a perpetuar uma cultura canalha que insiste em nos assombrar. Vou lhe dizer uma coisa: o político corrupto é apenas um brasileiro, como você e eu, que chegou ao poder. Um brasileiro que cresceu vendo um trânsito onde não se respeitam as leis, não se respeitam as pessoas, cresceu vendo as pessoas burlando todo tipo de regra de boa convivência, abrindo mão do bem estar coletivo para benefício próprio. A corrupção começa de baixo pra cima, ela começa com o cidadão. Um cidadão que tenta se aproveitar por conhecer um vereador ou deputado está sendo corrupto. Conseguir recursos, um contrato novo, uma vaga de emprego ou no estacionamento ao invés de cobrar e fiscalizar, acaba dando a liberdade para o parlamentar fazer o que bem entender. Assim começa a inversão de valores, o parlamentar que deveria estar a serviço do povo passa a ter o papel de poder, de chefe. Ora, se eu tenho poder sob quem me fiscaliza e acompanha os meus serviços, então estou livre para fazer o que bem entender (ou não fazer nada).   Entende a gravidade do problema?  Todos nós precisamos combater isso todos os dias, em nós mesmos. 




Vamos debater! Use os comentários para algum acréscimo ou crítica.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

"Não adianta olhar pro céu, com muita fé e pouca luta..."

Viva a democracia! Vivenciamos uma disputa maravilhosa que marcou história. Um marco positivo onde o vencedor foi o povo brasileiro, independente da sua opção partidária. A disputa presidencialista mais acirrada na história brasileira foi marcada pela participação e engajamento de toda sociedade, apesar de mais de 20% ter isentado da escolha de um candidato. Porém dentre esses, há quem buscou conhecimento e participou ativamente do processo, mas optou por não definir um candidato, talvez por falta de representação ou ideologia. O que vale ressaltar mesmo é a vitória do povo brasileiro e da democracia.
Enfim, acabou! Ou começou? Prefiro acreditar na segunda alternativa, pois agora é o momento de apoiarmos, cobrarmos, participarmos e construirmos um país melhor. Independente de ter escolhido X ou Y para representante, o Brasil tem seu novo/velho presidente(a)!
Agora, mais do que nunca, está na hora de manter a "pegada" existente nesse segundo turno e irmos à procura de melhorias! Se todos nós uníssemos essa energia demonstrada nesse mês de outubro e buscássemos um bem comum, um Brasil melhor, tenho certeza que os políticos identificarão a participação da população e sentirão o peso e a responsabilidade de estar à frente de uma poderosa nação.
Sugiro a união de eleitores do PSDB e PT, esquerda e direita, norte e sul, enfim, povo brasileiro sem distinção de fatores irrelevantes que não somarão a ordem e progresso do Brasil. Juntos, acredito no futuro que desejamos! Façamos isso tornar-se uma realidade. A mudança que desejamos começa de nós mesmo. Mudando nosso modo de agir e pensar em nossa sociedade, mudaremos o país. Por menor que seja a atitude e situação, seja a mudança que deseje. Lembre-se que o Brasil é composto pelo bairro em que você mora, o local do seu trabalho, as relações com o próximo, etc. Se buscar melhoria nesses ambientes, estará buscando a mudança no Brasil.

"Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente, a gente muda o mundo na mudança da mente, e quando a gente muda a gente anda pra frente, e quando a gente manda ninguém manda na gente.." O pensador.

domingo, 26 de outubro de 2014

Eleições: o segundo turno e o ódio


 
Chegamos ao fim de uma corrida eleitoral diferente e aproveitando o momento de grande interesse de todos em melhorar o nosso país, gostaria de contribuir com essa reflexão, que nada mais é que uma análise, não profissional, de como nos portamos neste segundo turno, identificando alguns pontos em que podemos avançar.


O Facebook

 

Nessas eleições tivemos uma ferramenta extremamente democrática em mãos, o Facebook. Pela primeira vez estivemos menos dependentes da grande mídia. E apesar de uma melhora na divulgação de ideias, principalmente no primeiro turno, infelizmente não soubemos aproveitar da melhor maneira.

No início do segundo turno, a grande maioria dos votos já estava decidida. A missão, principalmente na rede social, era buscar os indecisos. Iniciou-se então um discurso de ódio vazio. O jogo era rebaixar ao máximo um candidato fazendo disso um motivo para votar no outro.








Sim, os candidatos eram medianos e esse discurso foi apenas uma extensão dos debates na TV. O problema é que ele não convenceu ninguém. Quem estava indeciso ou quem buscava pensar da melhor forma possível, ao final, acabou desistindo de usar o Facebook e nossa poderosa ferramenta se transformou num mero suporte para compartilhamentos baixos e descontrolados. Não se procurava a veracidade da informação antes de divulgá-la, não se levava em conta os exageros, as maquiagens e nem mesmo o autor da publicação. "Ao meu favor é 100% verdade, contra mim é pura mentira". Os compulsivos foram até o fim. Tomaram conta. Um desperdício lamentável. Porque apenas o ódio não faz sentido, não em um campo onde o raciocínio é fundamental. E assim, deixamos de aproveitar parte da força democrática que a internet nos oferece.


As paixões


Eu amo o Cruzeiro. Eu odeio o Atlético MG. Você pode odiar o Cruzeiro. Isso funciona no esporte de uma maneira emocional. Mas trazer isso à política beira ao irresponsável. Ao fazer isso, eu abro mão de raciocinar para racionalizar. Racionalizar é buscar sentido lógico naquilo que sentimos, é justificar os sentimentos para satisfazer a parte pensante do cérebro. Se eu odeio um candidato, automaticamente vou considerar todos os seu feitos ruins e lhe atribuir todos os problemas, assim fico com a consciência tranquila para odiá-lo livremente. Acontece em um nível inconsciente. E nos enfraquece.

Precisamos ter a humildade e a responsabilidade de nos questionar a todo momento: "até que ponto minhas paixões antigas, meu ódio ou meu amor estão influenciando a minha conclusão nessa questão?"
Esse pequeno gesto cada vez que nos depararmos com uma informação nova faz uma diferença gigantesca ao longo do tempo. Acredite, ninguém está livre das influencias de seu lado emocional, não há como se livrar dele, mas reconhecê-lo é importantíssimo.

Quando busco ler apenas aquilo que alimenta a minha paixão (ódio é uma forma de paixão), estou trocando a oportunidade de me desenvolver pela satisfação de um desejo pessoal. Vou entrando cada vez mais em minha "caverna", onde o mundo é apenas sombras distorcidas da realidade. Algumas pessoas mergulham tão fundo nisso que se manifestam de maneira inacreditável.





Avante Brasil 

 

O ideal é buscar informação em variados tipos de fonte, sabendo que nenhuma delas tem um compromisso certo com a verdade, todas possuem compromisso com os próprios interesses. Interesses muitas vezes maléficos e sorrateiramente escondidos. Não acredite em um texto imparcial, nem o mais profissional e qualificado ser humano é capaz de exercer a imparcialidade.Quem lhe diz que está passando informações de forma imparcial, na verdade está apenas passando as próprias convicções como verdade, bloqueando qualquer interesse em se fazer uma análise.

Cabe a você fazer a “digestão” de cada leitura, aproveitar aquilo que foi interessante e eliminar aquilo você não considera nutritivo, isso se chama ter SENSO CRÍTICO.

Amigos, ao avançarmos no campo das ideias, nosso país
inevitavelmente avança, seja qual for o presidente.

Grande abraço